Indústria 4.0 é um termo, criado em 2011, na Alemanha, para classificar a nova fase pela qual o setor industrial vem passando, repleta de tecnologia – Automação, IoT, Big Data. Mas, afinal, as PMEs podem aderir a esse movimento? Continue lendo o artigo para ficar por dentro de uma análise, levando em conta o mercado nacional.
Considerado um país desenvolvido em diversos aspectos, a Alemanha iniciou seu planejamento para mergulhar nesse universo tecnológico, cuja manufatura é inteiramente digitalizada. Isso resulta numa produção eficiente e permite produtos cada vez mais customizados.
No modelo alemão, setor público e privado conversam para darem vida a tais ideias e para discutirem o projeto como um todo, visando o desenvolvimento econômico do país. Gigantes, como a Volkswagen, Siemens e Bosch têm parcerias com instituições de pesquisa.
Há uma grande interligação de conhecimentos – na Indústria 4.0, são trabalhados termos como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data. Será que é possível aplicar tais novidades no mercado brasileiro?
O Mercado Brasileiro – como estamos em relação à Indústria 4.0?
Como já se pode presumir, o chão de fábrica Europeu ainda está distante do chão de fábrica nacional. Acredita-se, ainda, que menos de 2% das empresas brasileiras praticam conceitos da Indústria 4.0, segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao Ministério da Indústria e Comércio (Mdic).
Agravando ainda mais a situação, tais tecnologias são desconhecidas por 57% das pequenas empresas que responderam à pesquisa “Indústria 4.0: novo desafio para a indústria brasileira” realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Esse é um dado interessante (e um pouco alarmante) sobre a realidade das PMEs, que podem ficar para trás caso deixem de buscar vantagens competitivas e tecnológicas, diferentemente do que acontece em algumas gigantes industriais com fábricas no Brasil, como a Fiat, que possui exoesqueletos em sua linha de produção e já economizou mais de R$1 milhão através de previsões feitas por realidade artificial.
Mais um desafio relacionado à Quarta Revolução Industrial em nosso país é a mão-de-obra: são necessários profissionais com formação técnica especializada, algo que ainda não possui muita oferta. A tendência é, consequentemente, salários mais robustos para quem for familiarizado à área.
E as PMEs – como fazem para aderir à Indústria 4.0?
O ponto inicial é o investimento, claro. O caixa de sua empresa é que vai ditar o grau de automação que será possível trabalhar.
Vale dizer que a idade do seu maquinário é bem importante, pois dependendo dos modelos e configurações, eles podem ser automatizados, ou seja, não haveria a necessidade de investir em novas máquinas, reduzindo o custo total da adaptação à produtividade 4.0.
O grande impasse ainda é o valor de serviços e máquinas (caso necessário), visto que, como apontado anteriormente, são profissionais ainda escassos no mercado que realizam tais atividades.
Os resultados de adequar, pelo menos uma certa parte de sua companhia, ao novo modelo tecnológico são evidentes: imagine poder diagnosticar quanto uma máquina está produzindo (vamos supor que seja 50%) em relação à sua capacidade máxima de produção (100%). Seria possível, então, torná-la mais eficiente, aumentando esse indicador para 70%, talvez 80%.
Isto é apenas o começo, a ponta de um iceberg que tende a ficar cada vez mais nítido aos olhos de empreendedores. O futuro começa agora!
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